quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Solares...


Nem Sempre os olhos sorriem num diálogo
Nem sempre o locutor sabe ser ouvinte
Nem sempre o coração pulsa,
Por um amigo, uma ideia, uma relação.

Nem sempre as pessoas são aquilo que pensam
E há aqueles que nem sabem que são
Mas há gente simples que cuida da terra
E há ainda quem transforma o grão

Há quem não se importa se foi rude
E os que ignoram a palavra-ato
Mas há quem faz poesia
E os que semeiam no cascalho

Nem sempre o desejo se materializa
Nem sempre dormiremos felizes
Mas há quem desperta Auroras
E há perfume na flor de íris

Nem sempre somos compreendidos
E nem sempre temos razão
Mas há quem mesmo ferido
Contempla uma outra estação

Nem sempre resistência significa força
E calar pode ser um grito
Há de se pensar em tolerância
Nas entrelinhas do gesto dito.

Nem sempre há correspondência
Nem sempre o discurso convence
Ideias fragmentadas
Não germinam ideais vigentes

Nem sempre conhecemos nossos limites
E nem sempre racionalidade é prudência
São diários desafios
Reações e consequências

E há quem não precise falar
Sonoros verbos transitivos
Eu cuido das estrelas do mar
No céu de ondas indizível

São nossos  átomos que se encontram
São as nossas sem palavras
O teu afeto me cura.
 E Meus Versos Solares Falam