segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Sua canção



Quem poderia imaginar
Que atrás daquele silêncio   
Uma nota coabitava
Era apenas ilusão minha
Supor que você não me ouvia
Você me ouve, você  me vê.
Não há motivo plausível para desistir
Eu te trouxe aqui e me acompanhas o rabiscar dos versos
Os desenhos que faço nas margens das folhas
A mania de traçar círculos de linha aberta, em tons da tarde de verão.
Eu pensei e acreditei ter passado em sua vida apenas num breve
Mas eu permaneci um pouco mais,
E criei uma estrela no teu universo
 Ela brilha fraca e sensível.
Porém Viva...
Dizem que as estrelas são eternas. Dizem que elas resistem ao frio e a solidão.
Eu digo que uma estrela é sinal.
Digo que há um recado manuscrito para você nela
Com verbos que não  variam com o tempo.
Com substantivos dançarinos
Com pontos que eternizam as frases
Com sonoridade de poeta

Sua canção....

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

PachaMama



Entre nós, a Palavra.

Neste céu e Terra, a correspondência.
Eu desejo a Reciprocidade
E confesso.
Desacredito das pessoas não recíprocas.
Duvido de quem não fala com paixão
Evito quem não gosta de crianças,
Suspeito dos não sensíveis
Lamento por quem não se abre aos horizontes diários
Mas Contemplo a planície dos sonhos
E aproximo-me de ti para revigorar minha essência
Escrevo cartas
Coleciono mudas de flores, pedras, discos e livros, gentes
Pinto folhas nas paredes e simulo as águas de um rio verde
Eu falo Bom dia! Converso com a terra e com quem habita nela.
Eu caminho...
E respeito quem por mim passa.
Muitos eu abraço, levo comigo... E Amo desde o princípio
Respiro quem fica
Mas não são todos e nem poderia
Eu cuido. Eu ouço...eu aprendo, eu me rendo.
Eu canto, eu danço eu me esforço
E vejo a felicidade nos detalhes
Trago a alma pra música e levo a música pra alma
Ancestralidade, arte, simplicidade.
Porque Tudo faz parte. Não sou imparcial.
Sou Árvore.

Kwza Puruà, Pachamama...



segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Palavra

Palavra é Força. Palavra é Vida. Palavra é Sentimento.
A palavra não pode ser negligenciada.
A palavra não deve ser subestimada.
A palavra não deve vestir-se de hipocrisia para dizer.
A palavra não deve ser disfarce
A palavra há de ser transparência
Há de ser viva, há de ter alma, há de ser gente
A palavra  tem ritmo
Palavra doce, palavra amarga, Palavra sincera.
Palavra de amor, palavra dor, palavra amiga
A Palavra nos antecipa... Tal como somos.
 Sejamos a Palavra!


sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Déjà vu


Eu te conheço
Vi a cor dos seus olhos
Ouvi o som do seu sorriso
Brinquei com teus cabelos
E dancei um pouco contigo

Eu te conheço
Passei perto de você
E chamei seu nome em tom fraco
Mas você não me viu, lamento
Estava muito ocupado

Mas eu te conheço
Sempre te escrevo cartas
Que ainda não recebeste
Te conheço de longa data
Desde o dia em que nasceste

Eu te conheço
Te abraço eterno e forte
Na memória não vivida
Carrego você comigo
Todos os dias da minha vida

Eu conheço
De longe vejo tua sombra,
 teu jeito  único de andar
Suas manias imperfeitas
Sua postura ao falar

Eu te conheço
Minhas e tuas diferenças 
São assunto divertidos
Gosto até quando te irritas
E não brigarei contigo

Eu te conheço
Tanto e sempre
Conhecer-te
É meu prazer infindável
As marcas em ti deixadas
As dores não reveladas
As alegrias da infância
Sua bagunça pela casa

Eu te conheço
Seus livros, seus instrumentos,
 os seus discos preferidos
O tênis jogado, a meia furada,
 a música não bem cantada

Eu te conheço
Ouvi seus passos pela noite
Te sigo na madrugada
Contigo eu não tenho medo
Sou parte da tua estrada

Eu te conheço
Ouço teus batimentos
Nos sussurros ao ouvido
Eu te conheço tanto e sempre
E Sempre estou tanto contigo
Que é questão de pouco tempo
Para você estar comigo.

terça-feira, 13 de novembro de 2012

Idiossincrasia

O sol desponta no crepúsculo
Não adianta fugir
Não adianta fingir.
Não adianta mentir
É ou não é e não há meio termo.
Esperava-te recíproco
E também idiossincrata
 Para que me reconhecesse na peleja desta terra
Não porque somos distintos dos demais
Não porque fazemos os mesmos rituais
Não porque lemos livros afins
Mas porque somos nós mesmos
Imensos nos desejos, fascinantes nos segredos
Queridos da vontade
Impetuosos nos medos
Cheios de átomos dançantes na pele
Cheios de curiosidades itinerantes nas veias
Mas ao contrário, você agiu como tantos outros.
Não que os outros são menores, piores, melhores
Mas, que graça tem os outros?
Que graça tem a normalidade?
Eles são apenas iguais e buscam a comodidade.
Pensava em mim e imaginava que eu me comportasse
No lugar comum onde há esperas sofridas
Onde se escondem sentimentos sinceros
No lugar onde o encanto é palavra extinta

Mas eu sou assim, idiossincrata
E me revelo nesta totalidade
Talvez má, nunca cruel ou  antipática.
Sou doce, sou flor, sou amor
Não há máscara, não há fingimentos, não há tormentos
Não hipocrisia
Isso é idiossincrasia
É uma cor nova criada
É a incompreensão da sociedade
É a aversão dos sem coragem
É o repudio dos religiosos
É a forma minha de vida
Que emerge sem muito pensar
Que age movida ao sentido
Que te sussurra no ouvido
Que parte de ti agora
 para nunca mais voltar.

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Sueños


O sonho...
Precisa-se de muita coragem para persistir nele.
Precisa de renuncias.
Precisa saber-se
E ter em mente a dimensão de tuas utopias
Tendo a liberdade e a ousadia
Para esquecer  lembranças sem rimas
Para destruir paredes e pintar reconciliações
Na coragem de REconhecer a fundo o Eu
E mesmo que te pareça longe
e mesmo que te canse um tanto,
Insista!
 Pois um sonho nem sempre é um sonho
Ele é alimento
Doce e amargo, forte e necessário.
Princípio que inquieta, que faz mudar o trajeto.
Que  ensina a pensar outras fórmulas
Que reconstrói vidros quebrados
É a travessia 
É a persistência
É uma legião de vontade...
Sonho é a certeza não chegada ainda.




Conselhos....


Nunca perca o entusiasmo infantil.
Nunca se desvie dos horizontes
Nunca pare.
Nunca esqueça que amanhã será outro dia.
Nunca durma brigado com pessoas queridas
Nunca deixe de fazer algo por medo
Nunca se desespere por mais de cinco minutos.
Nunca perca o prazer nas coisas mais corriqueiras: o sabor do doce de mãe, a maciez nas mãos ao acariciar um cão, o toque, os pés no chão, um coberto quentinho no frio...
Nunca perca a vontade de aprender
Nunca diga que não gosta de ler
E não importa o que aconteça, guarde sempre sua inocência: Isso é o que há de mais importante. Isso nos faz rir de coisas bobas e esquecer mágoas.
 E Nunca perca a confiança nas pessoas.
Nunca desista antes de tentar
Nunca diga que não gosta de algo bom antes de experimentar
Nunca aja em desacordo com seus ideais
Nunca se prenda a coisas banais
Nunca veja muito a televisão
Nunca segregue
Nunca deixe de falar com estranhos
Nunca converse com alguém sem olhar nos olhos
Nunca deixe de viver para estar na internet
Nunca fique muito tempo sozinho: fale com o jornaleiro, o carteiro, o porteiro; comigo ou com seu vizinho.
Nunca diga que não será capaz
Nunca considere sua opinião superior
Nunca fale antes de ouvir
Nunca se deixe diminuir
Nunca deixe de abraçar quem ama
Nunca brigue com irmãos à toa
Nunca deixe de perdoar
Nunca retenha o que te faz mal
Nunca esqueça os domingos, a família perto, as brincadeiras na rua, a vidraça do vizinho quebrada. A gargalhada
Não insista, deixe livre pra acontecer...
E se você encontrar alguém especial deve ficar com a pessoa sem hora de se despedir. E voltar no outro dia. e no outro e no outro...
Nunca perca alguém que te seja recíproco, que tenha entusiasmo em estar contigo.
E nunca... Nunca deixe de acreditar.
E Ame demasiadamente, Sempre.





sábado, 10 de novembro de 2012

Despertar

A poesia não pertence aos poetas, mas aos que precisam dela
A música não pertence aos músicos, mas aos que precisam dela.
A política não pertence aos políticos, mas ao povo.
As motivações não pertencem aos que se incomodam com a injustiça, mas aos que não tem nata esta sensibilidade.
O letramento não pertence aos intelectuais, mas aos que ainda estão analfabetos.
A filosofia não pertence aos filósofos, mas aos que não conseguem emergi-la sem auxílio.
A informação não nos pertence, mas aos que não tem acesso a ela.
O despertar não é uma opção, mas uma necessidade.
Para que a humanidade sobreviva.


sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Na medida....

Você acorda. Espera que o dia seja diferente. Porque você dormiu triste. Mas as coisas não dão muito certo no decorrer das horas. Tem dia que a gente nem precisava lembrar. Hoje foi um desses, mas eu vou fazer o contrário do que você espera e vou registrar  aqui as coisas que eu não falaria agora. Lamento, mas não vou desabafar estas angustias. Estar triste faz parte da vida, não é nada anormal. Estar pesado é opção, eu estou triste, mas estou leve. Tão leve que tudo deu certo:
Eu acordei e fiz o café e ficou na medida certa. Nem forte, nem fraco e você nem imagina como é difícil encontrar o ponto exato. A meteorologia errou e não chovei. Eu gosto de chuva...mas hoje eu preferi o sol.  Caminhei para o trabalho e nem senti o peso da mochila, estava distraída. A condução chegou no breve entre eu atravessar a rua e alcançar o ponto. Ligaram para mim enquanto fazia a viagem e me disseram que meu violão estava pronto. Você não deve saber, mas emprestei meu violão a uma pessoa que ela não me devolvia por nada. Um erro emprestar seu instrumento, dizem os músicos, mas eu emprestei e sofri a saudade. Ele, o meu violão, ficou longe de mim por quase um ano e quando retornou estava sem várias peças. Consegui reavê-lo no mês passado e o levei para o hospital dos instrumentos. Lá, permaneceu por duas semanas e justamente hoje ligaram dizendo que eu podia pega-lo. E eu fui, praticamente correndo. Não é uma notícia fabulosa? Claro que atrasei um para chegar a Redação( da Revista em que eu faço parte) mas estou perdoada do atraso, eu sei.
Lá no hospital do som conheci um senhor que estava num dilema só...ele precisava de dinheiro e estava pensando em vender seu saxofone . Ele toca Jazz . Eu não sou apegada ao material, mas algumas coisas não são somente “material” há sentimentos inseridos nelas. E eu tenho vários objetos que são só sentimentos: são memórias, são histórias que quase respiram. Eu disse isso para ele porque parecia sofrer muito em ter que vender seu instrumento querido. Ele ficou pensando e acabou encontrando uma solução na loja mesmo: um dos funcionários disse que a escola de música ao lado estava precisando de alguém para ensinar saxofone. Ahhh...Achei isso fenomenal!!! Todo sofrimento solucionado e nada precisou ser sofrido.
Caminhei pelas ruas agitadas do centro do Rio de Janeiro, orgulhosa de estar na companhia do meu violão. As pessoas me olhavam. Faziam comentários sobre música, sobre pessoas que tocam a alma com seu som.
Na Redação, quando cheguei, estava só a Jujuba, minha grande amiga. E aí eu chorei. E contei pra ela o Motivo. Por que ser forte o tempo todo se chorar te liberta tanto? Ganhei um abraço e tiramos 1 hora para vermos juntas um filme. O filme lindo da história que eu gostaria de estar contado para você agora, da minha história ainda não acontecida. Mas que vai acontecer e quem sabe você também faça parte dela?  Depois outro amigo chegou e tocou o violão e eu cantei, mas desafinei no final das notas porque a música me emocionava e me lembrava o motivo da minha tristeza disfarçada. Meu amigo não entendeu e riu. E ficamos rindo implicando uns com os outros.
 Trabalhamos. Escrevemos artigos sobre assuntos variados: Direitos Humanos, Política, Cultura, Meio ambiente.
E eu escrevi também uma poesia.
Voltei para casa de metrô porque não gosto de fazer o mesmo caminho.
 Você acorda!  Espera que o dia seja diferente! E acontece. Tudo ocorre maravilhosamente do jeito que você não planejou.


quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Estender-se


O poeta idealiza
Ele credita cores no abismo
Ele Vê sonhos na desesperança
Ele imagina possibilidades
O poeta sofre
O poeta canta
O poeta morre...Mas o poeta Vive

O poeta idealiza
Ele cria rimas perfeitas
Ele chora
Ele sorri, ele se lança ao inesperado
Ele não  se desespera
Ele é tempestade e bonança
Poeta é adulto-criança

O poeta não é parâmetro
Para quem teme
O poeta não é exemplo para esperas
O poeta realiza primaveras
Ele enamora as pessoas
E se enamora de gentes
E desenha nas margens dos cadernos

O poeta idealiza
Nele Amar é estender-se

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Solares...


Nem Sempre os olhos sorriem num diálogo
Nem sempre o locutor sabe ser ouvinte
Nem sempre o coração pulsa,
Por um amigo, uma ideia, uma relação.

Nem sempre as pessoas são aquilo que pensam
E há aqueles que nem sabem que são
Mas há gente simples que cuida da terra
E há ainda quem transforma o grão

Há quem não se importa se foi rude
E os que ignoram a palavra-ato
Mas há quem faz poesia
E os que semeiam no cascalho

Nem sempre o desejo se materializa
Nem sempre dormiremos felizes
Mas há quem desperta Auroras
E há perfume na flor de íris

Nem sempre somos compreendidos
E nem sempre temos razão
Mas há quem mesmo ferido
Contempla uma outra estação

Nem sempre resistência significa força
E calar pode ser um grito
Há de se pensar em tolerância
Nas entrelinhas do gesto dito.

Nem sempre há correspondência
Nem sempre o discurso convence
Ideias fragmentadas
Não germinam ideais vigentes

Nem sempre conhecemos nossos limites
E nem sempre racionalidade é prudência
São diários desafios
Reações e consequências

E há quem não precise falar
Sonoros verbos transitivos
Eu cuido das estrelas do mar
No céu de ondas indizível

São nossos  átomos que se encontram
São as nossas sem palavras
O teu afeto me cura.
 E Meus Versos Solares Falam



sábado, 25 de agosto de 2012

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Correnteza


... Eu correnteza,

 Não uso nomenclaturas para definir minha vontade. Não tenho estereótipos.  Sou do mesmo inicio, eu. Mas eu te respondo se perguntas. E estou te observando e alinhada às tuas necessidades humanas. 
Não, não quero conquistar ninguém com meus sorrisos, nem com meu otimismo: são apenas averbações de minha alma...não é programado , articulado.
Silêncio? Eu Sempre respondo. Acho horrível pessoas que não respondem cartas,  mensagens, telefonemas, Bom-dias. Inaceitáveis são pessoas que não tratam o afeto com respeito.  Que minimizam o outro em palavras e atos. Não escrevi nenhuma filosofia. Tenho dificuldades em decorar meus textos preferidos, pois quando os penso e tento  falá-los,  já estão alterados pela cor da minha voz e pelas palavras que escolhi para dizê-los. Mas eu gosto de cantar. Eu gosto das variações. Das contradições que movimentam o conforto. E gosto de pessoas.
Se eu me zango,  logo esqueço.
 Estou numa fase de não esperas, apesar da primavera estar chegando. E por isso  não  me considero pertencente a algum movimento, não quero  ter um antecessor de minha alma. Antes, apenas me apresento e costuro alguns sentimentos entre as pessoas.


domingo, 15 de julho de 2012

Ilimitado

Hoje não estou otimista
Tenho em mim uma sede de destruição.
Quisera poder destruir todas as formas de limitações
Todas as fronteiras entre os seres
Geográficas, sociais, econômicas, culturais...
Cronológicas, sistemáticas, matemáticas, ilegais
Irracionais*
Quisera poder destruir os conceitos de pobre e rico
De bom e ruim
De nobre e plebe
Quantas fronteiras nós criamos todos os dias?
São as formas de dividir pessoas, os nossos discursos de generosidade?
Por que tantos discursos?
Estamos evidenciando as diferenças, todos nós.
E fragmentando nossa essência de humanidade
Eu não pertenço a nenhuma classe
Eu sou parte
Estou angustiada em não fazer nada. Em fazer pouco
Estou angustiada por ter falado muito e ouvido o não suficiente
 Estou com raiva da apatia.
E quero destrui-la
Se eu pudesse fazer um pedido,
Daqueles que fazemos quando somos crianças,
Pediria que existisse um só idioma
Para que eu pudesse conversar com todas as pessoas
E invadir as fronteiras, as ruas, as praças.
Escrever versos nas calçadas, enviar cartas para aos esquecidos.
Saber os nomes. Chamar todos por seus nomes, antes de dizer: “Bom dia”!

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Tempo é Poesia.


TEMPO,
máquina de fazer sonhos
Uma canção com ritmos variados
E os mil compassos na nota musical
O ciclo da terra e a primavera
Uma eternidade finita
Escrita, cantada, dançada
Sentida e por mim não datada

Tempos...
Nas fases da lua
Nas estrelas escondidas
No uivo que vento entoa
Nas tempestades dos mares
Na variedade dos seres
Na capacidade de adaptar-se
Na faculdade de compreender-se.

São fotografias de família
São lendas que explicam o inexplicável
São sorrisos e abraços
São valores incalculáveis
São os cheiros de presença
E os cheios de sabedoria
Um quê fixado na memória.
São perenes alegrias.

Tempo será escolha
Opção e vontade
Desejo e persistência
Do temor: ausência
Da opinião: mudança
A folha não tão verde da árvore
A travessura da criança
O viver sem idade.

Tempo...
Deleite sem pressa dos momentos
São reticências versadas
São quadros decorados na alma
A/calma a fala amiga
Palavras afáveis de luta e bondade
A chance de outra oportunidade
Felizes lembranças
E/terna verdades.

terça-feira, 12 de junho de 2012

Seiva Bruta

Eu sei dos meus espinhos, da minha fraqueza, do meu egoísmo, das minhas limitações, das palavras cruéis que já proferi. Não sou indiferente. Não estou me camuflando, não estou remendando, remediando, evitando. Estou antes, tentando, decidindo, escolhendo, pensando, conquistando, aprendendo. Estou para ser aquilo que almejo: não quero me corromper, mas também não quero machucar você. Nunca. Me dói ferir , me dói muito ferir.
Mas não vou  me anular, não posso me anular, nem sei me anular. Quero antes saber falar com ternura, ter  minhas mãos dispostas, meu sorriso aberto, meu abraço pronto, minha força solidária.  Sou ser para socializar, para cuidar, para questionar, para desconstruir, para construir em conjunto. Sou Ser para  presentear e libertar livros, sonhos, músicas, esperança. Estou itinerante, sou itinerante. Sou Seiva Bruta e pétala de flor.

sexta-feira, 8 de junho de 2012

Perspectivas

...novos lugares, novos livros, outras pessoas, outros assuntos, outras ruas, outros momentos, outras pessoas nas mesmas pessoas, novas músicas, outros sons, outras cores, outros tons, outras medidas, mesmo sabor, outro trajeto, novas paisagens, mesmas paisagens, outros ângulos, redescobertas, outros sentidos, mesmo ideal, novas ideias, mesmas lutas, outras lutas, mesma ternura, novas flores, outros frutos, outras formas, novas obras, outros quadros, outra arte, outras sensações, novo olhar...outro olhar.
Nova manhã que começa neste momento. E eu estou Presente.

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Eu Militante



Falamos tanto em direitos e não conseguimos vivenciar o mais óbvio. O revolucionário realmente gera mudanças, mas no interior das pessoas! Cansa-me ver tantas palavras vazias.
....É muito mais fácil usar a oratória do que oferecer carinho?
-Francamente!!!!
É muito mais cômodo falar de liberdade sexual a manter uma relação sincera, seja ela de amizade ou não? Que magnífico discurso!
-Eu discordo.
É muito mais fácil falar dos “ismos” do que realmente se colocar na situação do outro. De verdade. Sem este discurso que só põe em nebulosidade a alma.
-Quem pensa assim não entende nada de mudanças...de perspectivas....
Quem pensa assim rotula pessoas sem conhecê-las...sem compreendê-las
Eu não manejo armas. São outras as minhas...são outras.


Quem te segue, segue porque vê vida nas tuas palavras, sonhos nos teus atos e esperança em teu olhar.
Então, que eu seja realmente livre de qualquer movimento. Porque você me verá lutando do lado de quem precisar.  Estarei lutando como sempre estive apenas com a referência do meu rosto.
Somos livres para dizer tudo o que pensamos. Livres para lutar, gritar e guerrear se necessário... mas se falamos em Amor somos fracos?... Que ironia!
-Eu falo de Amor. Eu amo. E não me arrependo.
 Não acredito no mito....sou muito humana. Ninguém tem o direito de julgar os outros a partir de suas próprias perspectivas... Uma vez que muitas vezes somos medíocres....
-Minha militância é opção de vida. Falar o que se pensa é viver o que se sente.

sexta-feira, 18 de maio de 2012

Teoria do Caos


Desconstrução construção coragem revolta revolução explosão margem vontade sinceridade amabilidade paixão   explosão coragem construção alteração dor cor  perfeição Amor

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Utopia


Acredito na Utopia porque é minha realidade
E se há razões para não crer
E se são tempos difíceis para os sonhadores,
E se o mundo se tornou cético
Ainda assim, é ela minha opção.
Porque...
 o que resta do homem sem seus sonhos?
O que seria de mim sem esse ardor que me move?
Que músicas estariam me acompanhando agora?
Que cores ensaiariam um desenho na pele?
Se a harmonia do caos é incompreendida
Eu a compreendo numa sonoridade perfeita
A esperança no  Sonho é meu gesto de sobrevivência
Vivo antes, durante e amanhã.