sexta-feira, 22 de março de 2013

Onde está?


Por que eu cheguei 15 minutos atrasada na tua vida?
Por que estou tão  perto e tão longe?
Por que não posso te dedicar mil versos sem restrições?
Por que não devo fazer festa quando te vejo?
Por que não é prudente te dizer tudo que penso?
Por que preciso rasgar os desenhos que faço para você?
Por que não posso comentar o que sinto?
Por que não posso te enviar as músicas que te dedico?

Mas eu suporto a condição se ao menos vejo o seu sorriso.

Por onde você andava? 
Por onde andei?
Como é que vivemos no mesmo planeta e demoramos tanto para fazer contato?
Como é que vivemos no mesmo planeta e demoramos tanto para nos encontrar?
Por quê?
Por que você chegou 15 minutos atrasado na minha vida?
Se eu te quero tão Presente.







terça-feira, 19 de março de 2013

Pensamentos Culturais- Arte Afetiva


A cultura não é estática, ela é um convite à Mudança. A arte, a música, a literatura, a poesia são formas nas quais as pessoas não apenas refletem a sociedade em que vivem, mas são acima de tudo projeções e possibilidades.
Quanto mais estratificada a sociedade, menor será a igualdade, menor o número de pessoas com quem você terá relacionamentos recíprocos e simétricos; menor a diversidade cultural. A visão discriminatória da cultura, os equívocos ainda correntes em nossa sociedade, embasada em um sistema econômico que cria escassez e carência, só tende a empobrecer nossa percepção humana.
A cultura estará sob suspeita se enfatizar “as diferenças de costumes” entre os povos dando origem às populações que subordinam outras.  Esta ótica refere-se à demarcação de diferenças que ao longo dos processos históricos foi apropriada por regimes autoritários, sistemas manipuladores, egoísmo em grande escala e, hoje pelos autoritários “disfarçados de democráticos”. A mentalidade individualista na sociedade contemporânea vem exercendo domínio e controle sobre nossos bens naturais, nossa capacidade criativa e nossa predisposição à solidariedade. 
Não podemos mais aceitar os antigos padrões e manter as múltiplas desigualdades na sociedade: todos os tipos de discriminação e cerceamento; o ainda racismo; anti-semitismo; o deslocamento de sociedades indígenas de seus territórios; a divisão das pessoas em classes, o pobre, o rico, o instruído, o não instruído, este ou aquele.  E se insistirmos nesta forma, a cultura será condenada ao empobrecimento.
Infelizmente, nesta perspectiva, a história da civilização vem sendo escrita a partir de uma visão preconceituosa e nos tornando reféns de nossa própria trajetória. Estamos submetidos a aceitar valores que não emerge das nossas mais plurais raízes e escrever este processo por meio dos olhos de outrem. 
Culturas se farão amplas se reconhecerem as variedades e não os “graus” culturais que alguns classificam. Na luta pela liberdade de expressão, o “ver” depende do “ouvir”, do “sentir” e do “estar disposto”.  Diversidade é o oposto de segmentação.
 A arte deve apresentar o mundo como mutável e ajudar conscientizar e mobilizar as pessoas.
E ainda,  na função maior  de rechear sentimento e sentido  nossas vidas, ser Plena.



segunda-feira, 18 de março de 2013

ilusão

...A maior ilusão do ser humano é achar que pode ser perfeito. E valorizar isso demasiadamente.

domingo, 17 de março de 2013

Chá de Lua


A vida é cheia de ciclos e de rupturas. Não existe um momento único de amadurecimento e aprendizado. Eles são vários, uns mais intensos do que outros, mas sempre plurais. E ainda bem que o são. Eu defino estes meus momentos como as fases da Lua. De forma milenar a Lua sempre foi referência e para mim desde criança: passo horas a olhando.  
Passei por mais um ciclo esta semana, apenas não consigo perceber claramente em qual fase  me encontro. Exercitei, no decorrer dela, o observar as pessoas: vi se havia paixão em suas palavras. E se sua defesa tinha sustendo na solidariedade. Ou se apenas falavam para mostrar que são diferentes. Ou para enfatizar sua inteligência arrogante. Ou se falavam muito porque não sabiam o que dizer.  
Ou se falavam buscando a comunicação, a interação e o sentimento.
 Eu não queria traçar nenhum diagnóstico sobre tais observações, mas acabei pensando muito sobre o assunto.
Um transeunte leu um trecho de um pensamento que escrevi e me interpretou ao seu próprio olhar, sem olhar-me. Curioso! Fiquei ouvindo-o falar atenta aos detalhes: os palavrões que pronunciava desnecessário. As frases curtas para solucionar questões emblemáticas. E o único tema de interesse mútuo que tínhamos, ele conseguiu segregar.  Eu não me defendi, nem quis dizer o porquê daquele meu escrito. Eu apenas ouvi. Confesso que fiquei incomodada com a imagem de uma pessoa fazendo uma análise sobre mim sem levar em consideração o entorno. Foi aí que eu mudei de fase. Fiquei do outro lado.
Existem muitas formas de encontros e desencontros.  Palavras sem alma, eu reconheço e dispenso. Compreender o outro é o Ato. Apontar o problema apenas é simplório, cansativo e perverso.
Infelizmente, o afeto, na sua forma plena é ignorado e banalizado em algumas e muitas relações. E o que deveria ser premissa humana  acaba tornando-se comportamento dos quase extintos.
É no diálogo bem construído que se apresenta novos horizontes. Nele nos erguemos, aprendemos, sorrimos, festejamos, choramos, e continuamos nessa peleja fortalecidos na reciprocidade.
E eu sou necessitada de diálogos. Um resgate ao Afeto!
E Um brinde à minha nova fase!

domingo, 10 de março de 2013

Teoria do Caos


Desconstrução construção coragem revolta lealdade revolução explosão vontade sinceridade amabilidade   suavidade generosidade felicidade paixão  rendição alteração renovação invenção dor cor  perfeição amor...

Raio, relâmpago e Trovão



Permito-me te ajudar até certo ponto. Não sou da natureza do meio-termo. Essas relações sem afeto não me atraem.  




sábado, 9 de março de 2013

A Beleza da Pessoa é a Pessoa.


A Beleza da Pessoa é a Pessoa.
É a alma
O tom da pele
O olhar que devolve afeto
São as palavras
São os gestos
Formas, sombras, cores e perfumes.
 A combinação, desequilibradamente perfeita,
de toda essa Essência tão necessária à vida.
A Beleza, por si só, não existiria,
Não seria atributo ou substantivo.
Não seria falada,cantada, lembrada ou sentida.
Não teria a plenitude que acompanha esses versos.
Porque a Beleza  é a Pessoa.



Os deuses são humanos.


Passei o dia meditando sobre alguns assuntos, a partir de observações em grupos que acompanhei:
Rivalidades- monopólios-manipulações-hierarquias- são as mazelas do ser humano; independente de classe, gênero, sociedade, comunidade, nacionalidade, posicionamento político, etc.
 Perdemos, nesta perspectiva, pois tal mentalidade egocêntrica vem exercendo o empobrecimento da nossa capacidade criativa, nossa predisposição à solidariedade, nossa inclinação ao coletivo. Nossa essência humana, tão indispensável e tão banalizada. Divide-se mais do que se une.Nada muito novo, infelizmente.
Eu lamento. Entristeço-me. E um tanto de cansaço me assombra.
Mas Penso e sinto ininterrupto em meu ser:  Como precisamos dos Amigos! 
- Estas Pessoas que de tão verdadeiras, tão serenas na luta, tão admiráveis, tão valentes, tão dóceis e fortes, tão desprendidas, tão solidárias, tão imperfeitas na arrogância  e tão teimosas em acertar um Bem que faça sentindo não só pra ela, mas para outros também,até parecem inventadas. Minha esperança está no fato de que elas Existem.
Sou Agradecida à vida por ter sua amizade. 


sexta-feira, 1 de março de 2013

Palavra extinta


Um termo que se eu pudesse aboliria de todo e qualquer idioma é:
 “ Você tem Obrigação de(...)”

Geralmente, quem se utiliza deste recurso linguístico não possui o carisma e a personalidade suficientes para motivar o outro em qualquer situação, por mais singela que seja.

O “patrão” a utiliza para manter subordinados os trabalhadores.

Os" regimes autoritários", para manipular a opinião pública, desestabilizar o senso de cidadão e  destruir a democracia.

Certos "líderes religiosos"  para a manutenção da “mentira de uma verdade incontestável” a fim de gerir fieis que não questionem suas determinações.

Os" fascistas" para manter o controle material e imaterial da sociedade.

E os" tolos e fracos" por subjugarem que serão atendidos por meio da arrogância.

“Obrigação” não existe entre as palavras que pronuncio ou escrevo(exceto neste breve). Até os seus genéricos me irritam um tanto como a palavra “obrigado”...

Prefiro dizer que sou Agradecida.
 E o sou!  Principalmente por repudiar tal termo em tudo,
 exatamente Tudo que desenvolvo na minha vida!
A.R