Nuvens que brincam no céu
São chuvas
francas e fracas
Nuvens
de som no silêncio
Nuvens
são quase palavras
Nuvens
que bailam tranquilas
Leve-me
sim, para longe.
Lança-me
ao plano mais alto
Quero
ser novo horizonte
Nuvens
de luz manso azul
A lua
cheia caminha
No
ciclo de leite sabor
Mistério
que o tempo ensina
Seu
espaço são estrelas
São
perfumes distorcidos
São de
anjos e de deuses
E o
chão do infinito
Aclamam
vozes passadas
Dos
tempos dos mil pedidos
Nuvens
acolhem os medos
Dos
homens desprotegidos
Nuvens
de tempestades
Carregadas
de energia
Raios e
trovões entoam
Sua
fúria sinfonia
Nuvens
tudo em seu toque
Aquele macia
visão
Dos sonhos que te enviamos
Que não cabem em nossas mãos.
Que não cabem em nossas mãos.