terça-feira, 22 de setembro de 2015

Sou Árvore.

Entre nós, a Palavra.
Neste céu e Terra, a correspondência.
Eu desejo a Vida
E confesso.
Duvido de quem não fala com paixão
Evito quem não gosta de crianças,
Suspeito dos não sensíveis
Lamento pelas pessoas não recíprocas e
 por quem não se abre aos horizontes diários.
Mas contemplo a planície dos sonhos
E aproximo-me de ti para revigorar minha essência
Escrevo cartas
Coleciono mudas de flores, pedras, discos e livros,
gentes
Pinto flores-folhas nas paredes e simulo as águas de um rio verde
Eu falo: -Bom dia! Converso com a terra e com quem habita nela.
Eu caminho...
E permito-me querer bem a quem por mim passa.
Muitos eu abraço, levo-os comigo... E Amo desde o princípio
Respiro quem fica
Respeito quem segue
Pois não são todos e nem poderia
Eu cuido. Eu ouço.
Eu aprendo, eu me rendo.
Eu canto, eu danço
Eu supero
Eu acredito
E Vejo a felicidade nos detalhes
Trago a alma pra música e levo a música pra alma
Ancestralidade, arte, simplicidade.
Porque Tudo faz parte. 
Não sou imparcial.
Sou Árvore.

-Kwza Puruà, Pachamama-