sábado, 21 de dezembro de 2013

Arrebol de Verão

Tenho exercitado a Esperança.
É a mistura do caos com a sensibilidade que me comunica soluções.
É a vontade não respeitada de não fazer nada que me toma.
Verão arrebol das cores. 
Ventos sonoros.
Verão Palavras cuidadas e repletas de tempero.
Um olhar que te devolve o afeto.
 Um conhecido sorriso verdadeiro.
Verão que tenho exercitado ser um tanto de saudade no outro.
 Um tanto de sal doce na boca.
Um tanto de  cheiro.
Que nem é perfume. É aquilo que se chama Presença.
Verão que tenho exercitado o silêncio
Para Ouvir. E me lançar...
Verão no mar.
Verão nos pontos luminosos do infinito.
Verão a matéria do meu trabalho.
Verão que a Esperança tem forma e calor.
Verão festa nos dias quentes desta estação.


quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Apenas.

 A luz da vela acesa
É uma estrela
Saiu do imenso céu
Desprendeu-se do eterno Ser
Para iluminar você

Para trazer um momento infinito
No meio efêmero e destorcido
De opiniões infundadas e vagas
Sons tumultuosos compostos de nada
Que cegam olhos, ensurdecem ouvidos

Cálida, calada, mas viva
Ela é o feixe mais forte
Tão frágil e tão serena
Não encena o gesto
Apenas ela, vence toda a escuridão.

Flor no telhado

Minhas palavras têm rimas
Minha política não é apenas discurso
Desejo falar o necessário
E prefiro escrever versos
Infantis ou não são meus
Nasceram neste Agora
E o serão Para Sempre

E Eu paro para sentir o mundo
E ouvir o barulho da noite
E plantar flores em telhado de barro
E vibrar com o ritmo dos ventos
E me deixar embalar nas ondas
Átomos dançarinos
Universo tão repleto de presença.

É um hábito meu sentir
 Rever amigos que estavam distantes
Eu não os permitir ausentes
É um hábito meu querer
Que as pessoas sejam felizes
E brinquem sempre que puderem
De roda- ciranda e pique

Opto por esta liberdade
E canto na rua enquanto ando
Reconto contos e crio fábulas
Bebo vinho e brindo o inesperado
Crio enigmas para os meninos curiosos
E não me preocupo
Se alguém considerar  ridículo
Desenhar mensagens com giz
E  dizer exatamente o que sinto




sexta-feira, 8 de novembro de 2013

frase

A palavra é escrita sob o domínio do verbo. Mas é o olhar, aquele que antecede o registro, que sopra-lhe vida.

domingo, 27 de outubro de 2013

O coração indica

Uma pessoa deve renascer durante a vida.  Deve encoraja-se sair do ventre. Experienciar a força de uma nova luz a cegar os olhos. E depois,  olhar o mundo que não existia antes.

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Memória

A memória do coração é exata.
A memória do coração não tem duplo sentido.
Há credito.
Há dados precisos.
Ela não falha.
E não engana.
E não condena.
Ela fala,
E se expande.
E é deleite para uns,
Incômodo para outros.
É a verdade.
Seja ela os que amamos.
Eu me lembro de você.

sábado, 12 de outubro de 2013

Subversivo

E o poeta versa esperança e une-a em atos
Num mundo em que, infelizmente,
As palavras e os fatos pouco se encontram.
O poeta valsa, canta e faz encantamento
E a poesia chega aos ouvidos dos que tem olhos despertos.
Dos que repudiam as mazelas corriqueiras dos sem palavras de afeto.
Chega de pronto e mora no outro
Com raízes verseiras e catadoras de luz subterrânea,
Aquela da alma
E não há como resistir se um verso chegou e te fez pulsar
O poeta é o subversivo
Nele, não há fronteira,
Nele, o amor é verbo
E o verso é tal como seu criador

 Livre.

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Primaverar

Primaverar a vida...

Um broto sempre o broto
Sempre uma nova flor
Sempre outra chance
Nunca a mesma cor

Sempre casca de troca
Tronco outro na árvore
Abrir emperradas portas
E o novo terá passagem

Sempre tão sem sentido
Neste mundo de efêmeros
Escreverei mil versos ditos
E os deixarei seguir ao vento

Ventar , eu ventaria
Brisaria, se pudesse
Reinvento o meu tempo
Novos Verbos amanhecem

Pano novo desbotado
Mancha de fruta vermelha
Uma estação verbal
Primaverar anseia

Pessoa tatuada na alma
 Elo além do entendimento
 Conhecer-te pelo ruído
Meu doce contentamento

Se há canto esquecido
 Ilumina-o pela fenda
Luz que chega aos ouvidos-
Som que antecipa a presença

Primaverar seria
Parte outra da história
Ser uma nova flor
 Ter outra chance
 Nunca a mesma cor



domingo, 15 de setembro de 2013

Ah. Mar!

Eu quero Viver deste mar
Vasto, amplo, divino
Mar das minhas canções
O mar que me cega os ouvidos

De suaves todos os tons
De ondas sereninhas
Sereias de areia
E estrelas pequeninas

Meu mar de verde-azul
Invado-te hoje sem medo
Em ti  posso navegar
Conto-te os meus segredos

Mar de sal tão doce lembrança
Que amplia anseios da alma
Quero ser tão parte sua
Numa fúria contraditória calma

Sonho meu mar mais perto
Nas areias desenhando versos
E Vê-lo da janela do quarto
Quando o sol dele nascer completo.

Eu  quero Viver deste mar
Embriagar-me deste convívio
Necessidade minha estar
Inebriada pelo infinito.

terça-feira, 10 de setembro de 2013

Nada mais

 Todo mundo tem escondido
Um céu incompleto debaixo da pele
Somos de estrelas e não células,
Nada mais, eu sei.

Todo mundo, felizmente,
Perdeu um pouco de si no outro.
E ganhou um pouco do outro em si
Mais cor e intensidade de luz. E disso eu sei

Todo mundo devia entender,
O que mente nos comunica
Ela envia mensagens de todas as formas
E ao ignorá-las, tudo se complica, eu sei

Eu sei que todo mundo devia
Estudar sua própria alma:
Saber-se sem falsa ilusão
Na Coragem de Olhar-se a fundo, eu sei

Eu sei que Todo mundo sabe.
Mas reluta reconhecer
Que se o corpo fala, devemos ouvir
Se o corpo anseia o encontro. Devíamos deixa-lo ir.

Todo mundo não deveria esconder
Depois da pele de estrelas
Sentimentos de esperança e ternura
Nada mais, Eu sei

Todo mundo devia entender
Que quando o coração pulsa forte
É o inesperado que age.
Somente sentindo se sabe, eu sei

E todo mundo perceberia
Quando de céu incompleto
Passamos a Habitar no outro.
Universo é Amor Recíproco.
Nada Mais.


quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Saudade sua, saudade minha

A saudade chega quando não se espera
E Chega a todo o momento
E chega mansa
E chega e devasta
E é como sede
E é incompletude
A saudade do rastro do cheiro
Do som do riso
Da boa piada.
Das inquietações que clamam
 Dos conflitos  e do companheirismo
Do café feito no ponto
Dos encontros inesperados.
E do abraço.
Saudade de tudo e mais um pouco
Saudade é trazer a pessoa
Ausente, distante, partida
É sentimento sem nome definido
Saudade é um verso inacabado.

terça-feira, 20 de agosto de 2013

Nuvens de Céu

Nuvens que brincam no céu
São chuvas francas e fracas
Nuvens de som no silêncio
Nuvens são quase palavras

Nuvens que bailam tranquilas
Leve-me sim, para longe.
Lança-me ao plano mais alto
Quero ser novo horizonte

Nuvens de luz manso azul
A lua cheia caminha
No ciclo de leite sabor
Mistério que o tempo ensina

Seu espaço são estrelas
São perfumes distorcidos
São de anjos e de deuses
E o chão do infinito

Aclamam vozes passadas
Dos tempos dos mil pedidos
Nuvens acolhem os medos
Dos homens desprotegidos

Nuvens de tempestades
Carregadas de energia
Raios e trovões entoam
Sua fúria sinfonia

Nuvens tudo em seu toque
Aquele macia visão
Dos sonhos que te enviamos
Que não cabem em nossas mãos.

Legado

Meu pai deixou-me uma herança de valor incalculável. Ele não teve oportunidade de chegar a uma universidade, mas fui contemplada com um legado de sabedoria que muitos doutores deveriam saber:
1- Saiba ser agradecida.
2- A vida alheia, a crítica desconstrutiva, não sejam assuntos de tuas conversas.
3- Se não tiver nada agradável a dizer, cale-se. Reflita. Refaça-se.
4- Seja dócil, mas seja astuta. Ninguém é melhor. Somos todos formados da mesma matéria.

5- Ame Sempre!

terça-feira, 16 de julho de 2013

Sobre tudo

Cada detalhe,
Cada cor,
Cada som,
Cada dor,
Cada gota de felicidade.
Expressão
Toda inteira metade
 Todo pequeno feixe luz nas sombras,
Entre as rochas,
entre os tons da tarde,
entre nuvens cinza de passageiro cansaço.
Todo pequeno grande feito nos gestos.
Todo grande invisível sentido,
 nas pessoas que sorriram,
nas pessoas que choraram,
 nos estranhos que eu abracei.
Nos olhares que  falaram.



quinta-feira, 27 de junho de 2013

Vermelho


Meus versos não cabem nas palavras
Minhas razões são repletas de sonhos
Minha bandeira é vermelha, 
E Vermelho meus  lábios 
Pois Meu regime ideológico é a Mudança
Assumo-a
Experimento-a
Luto por ela
Grito e deixo-me a ausência de voz
Pelo suntuoso som que emana do coletivo
Somos um agora. Voltamos ao nosso princípio

Sim, o poeta há de ser Esperança.

segunda-feira, 10 de junho de 2013

Desapego

Tudo que seja livre há de ser mais forte e intenso.
Eu queria te escrever, mas não o farei. Estou aprendendo o desapego. Estou libertando meus sentimentos ao controlá-los. Estou me entendendo. Estou te enxergando além daquilo que você me apresenta. Estou me vendo. Não me preocupo mais. Não espero respostas. Não traço ilusões. Não costuro falsas ideias em mim. 
Eu apenas sei: Eu nunca fui tão livre.
Nenhuma flor se repete, nenhum minuto se perde. Nenhuma pessoa é igual. Nenhum momento será o mesmo amanhã. 

Tudo livre há de Ser.

sábado, 1 de junho de 2013

Lambreta

A vida do sentimento
Começa
Meus átomos não tem sono
Minhas palavras se desfizeram com o riso
Tenho mil tarefas a concluir
Tenho mil sonhos a construir
E há tempo

Quero passear contigo
Andar de lambreta ou bicicleta,
Correr campos festivos
Falar coisas engraçadas
Transcorrer a madrugada

O outono trocou de lugar com a primavera
E flores brotam nestes dias azuis
Joaninhas voam com promessas de sorte
E pessoas se perdoam antes que o dia finde

 Desdobramentos de ideias
Fortificam meus ossos
Maluquices rotineiras
Rejuvenescem meus olhos
Eu vejo tudo novo de novo

Uma pausa para a lógica
Um adeus ao cansaço
Eu vou colorir as folhas brancas com meus traços
Vou enfeitar paredes com quadros tortos
E vou me deixar ir....
Amanhã eu volto.