Quem és , gentil estranho,
Oh ,Musico da ternura!
Sem medo a nós se apresenta
Dispensando abreviaturas.
Mil pessoas, tantos rostos...
Escondidos, solitários,
As pálpebras descidas
De cansaço marginário.
Mas ao ver o som sorrindo,
Em tua alma sem idade.
Provocaste, num minuto,
A aurora de fim de tarde.
A ótica dos transeuntes
Mesmo um tanto distorcida,
Inebria-se na presença
De tua bondade solícita
Gesto livre, genuíno.
Voa alto adentra o mar
Ondas de humanidade
De ti nos vem embalar...
São estas notas festivas
São estes doces sonetos
Canções que o mundo precisa
para se fortificar por dentro
São as tuas sem palavras
Neste tom de mil compassos
Rompeste o imenso vazio
Adentrando-me os átomos
Cheiro quente de presença
Das chamas não consumidas
Semeias estrelas em gente
Por tuas mãos (distraídas) .