sábado, 29 de outubro de 2011

A Fênix


Ela renasce
Era fogo, era cinza
Uma outra forma mulher
A fênix é a força
Um desapegar ao que um dia foi
Um arrancar unhas
Um sentir dor
Um não lamento
Sem  angustia
E deixar passar,
Deixar o voar brando
Deixar os limites cômodos
Deixar a insegurança

Deixe as palavras complexas
E compreenda o óbvio
Deixe os encaixes calculados para aparentar ser poesia
È poesia o simples
O simples é a Fênix
E toda a dimensão de um ser
Em cada átomo
Em cada fagulha de vida na pele.
No que se é. No que se vive.
No que se exterioriza naturalmente.



quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Uma professora....só um pouco maluquinha.


Eu penso... Mas sinto além do pensamento.

Um aprendizado não é aprendizado sem o amor.
Tem que ser ternura, afago e calorosa troca.
E Teu aprender não forçado  fortalece
Ele é despertado pela canção
pela amiga instrução, pela voz familiar
È algo maior do que toda a palavra escrita.
E nem precisa de rima ser professor.
Eu passei de uma a mil gentes...
Vivendo nas memórias dos pequenos sorridentes
Esquecendo ser triste para fazer sorrir
Desfazendo-me da cronologia
E fazendo ser igual em tantas idades...
Sempre... Sempre saudade que sinto.
Vou querer permanecer em ti,
Como lembrança que desperta algo novo
Como cheiro de momentos felizes
Como pessoa que foi além de seu papel comum de ser
E chegou aos poros da alma, e ali, fez uma marca de estrela.
E você ...é para mim sempre o meu melhor
Não poderia me dirigir a você como um aluno somente
Já que passamos por tantas aventuras imagináveis e
Inimagináveis.
Que seja o fato de termos nos encontrado
O motivo para não ficarmos tristes com a partida quando ela acontecer
Porque nos veremos novamente
Momento preservado e sem variação de tempo

Meu e teu Presente.

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Primaverar

 
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Primaverar a vida
 um broto sempre o broto
Sempre uma nova flor
Sempre outra chance
Nunca a mesma cor

Sempre casca de troca
Tronco outro na árvore
Abrir emperradas portas
E o novo terá passagem

Sempre tão sem sentido
Neste mundo de efêmeros
Escreverei mil versos ditos
E os deixarei seguir ao vento

Ventar , eu ventaria
Brisaria, se pudesse
 Reinveto o meu  tempo
E Novos Verbos amanhecem

Pano novo desbotado
Mancha de fruta vermelha
Uma estação verbal
Primaverar anseia

Pessoa tatuada na alma
 Elo que transpassa o entendimento
 Conhecer-te pelo ruído
Meu doce contentamento

Se há canto esquecido
Ilumina-o pela fenda
Luz que chega aos ouvidos
Som que antecipa a presença

Primaverar seria
Parte outra da história
Ser uma nova flor
Ter outra chance
Nunca a mesma cor

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