sábado, 31 de março de 2012

Caos

O extremismo me irrita
Irrita-me a não flexibilidade
A incapacidade na audição
A visão de ponto sem o entorno
O paladar restrito e sem cor
Os “bom dias” não ditos
...
Sê Cult.
Pois O brega, o Cafona, É o louco
Mas o louco é sempre mais feliz.

Se não é da forma que pensas:
Não serve
Se não está na ordem que queres:
É caos.
E se for de outro partido
Esquece.

Mas  isso é o caos
E o caos é atraente
Ele é energético, urgente
É protesto sem  grito
E é grito e fúria
É uma contradição pensante
Movimento itinerante
...
E depois dele
No logo após breve instante
A perspectiva emerge

Quem dita as ordens?
Quem é tão astuto para determinar
O que é bom ou não
O que brega ou cult
O que é isto ou aquilo?
Eu digo:


Escolho a loucura
O caos
Escolho a perspectiva
A leveza
A simplicidade
A paixão
A coragem
A fala
A alegria
A ousadia


E Ignoro essa mania chata
 ....Dos extremos


quinta-feira, 8 de março de 2012

Meu Mar


Eu quero este mar
Vasto, amplo,divino
Mar das minhas canções
O mar que me cega os ouvidos

De suaves todos os tons
De ondas sereninas
Sereias de areia
Estrelas pequeninas

Eu meu mar verde-azul
Invado-te sem medo
Eu ti eu posso voar
Conto-te os meus segredos

Mar de sal tão doce
Que amplia anseios da alma
Quero mergulha-lo à noite
Numa fúria contraditória-calma

Quero meu mar mais perto
E Vê-lo da janela do quarto
E senti seu balançar na rede
 Ter Inesperados encontros aquáticos

Eu quero beber deste mar
Embriagar-me deste convívio
Necessidade minha estar
Inebriada pelo infinito.


quinta-feira, 1 de março de 2012

Composto


Há tempos que eu não te escrevia
Precisava, num verbo incorreto.
 Da lacuna, da ausência, da saudade.
Da vontade de ver outras gentes
Da necessidade de estar apenas eu

Mas tenho pensado em você
E é certo que
E sabes que o tenho
Com a mesma intensidade
Sem a variação que o tempo quer exigir

Precisava de uma vírgula,
Algumas reticências...
Para outro ângulo depois da esquina
E a descoberta de algo que eu via
Mas não enxergava com todas as cores

Precisava estar com alguns
Para um encontro pessoal comigo
Lembranças, afagos e azulejos pintados
Vinis, livros e vidro embaçado
Gosto doce e meio amargo

Mas estavas sempre
Então,
 Entenda o meu motivo
E conheça-me novamente.

Há tempos que te escrevo secreto
Num verbo composto e passivo
 Na lacuna, ainda ausência e saudade.
Da não vontade de outras gentes
Da necessidade de ter-te presente