quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Primaverar

 
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Primaverar a vida
 um broto sempre o broto
Sempre uma nova flor
Sempre outra chance
Nunca a mesma cor

Sempre casca de troca
Tronco outro na árvore
Abrir emperradas portas
E o novo terá passagem

Sempre tão sem sentido
Neste mundo de efêmeros
Escreverei mil versos ditos
E os deixarei seguir ao vento

Ventar , eu ventaria
Brisaria, se pudesse
 Reinveto o meu  tempo
E Novos Verbos amanhecem

Pano novo desbotado
Mancha de fruta vermelha
Uma estação verbal
Primaverar anseia

Pessoa tatuada na alma
 Elo que transpassa o entendimento
 Conhecer-te pelo ruído
Meu doce contentamento

Se há canto esquecido
Ilumina-o pela fenda
Luz que chega aos ouvidos
Som que antecipa a presença

Primaverar seria
Parte outra da história
Ser uma nova flor
Ter outra chance
Nunca a mesma cor

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