domingo, 15 de julho de 2012

Ilimitado

Hoje não estou otimista
Tenho em mim uma sede de destruição.
Quisera poder destruir todas as formas de limitações
Todas as fronteiras entre os seres
Geográficas, sociais, econômicas, culturais...
Cronológicas, sistemáticas, matemáticas, ilegais
Irracionais*
Quisera poder destruir os conceitos de pobre e rico
De bom e ruim
De nobre e plebe
Quantas fronteiras nós criamos todos os dias?
São as formas de dividir pessoas, os nossos discursos de generosidade?
Por que tantos discursos?
Estamos evidenciando as diferenças, todos nós.
E fragmentando nossa essência de humanidade
Eu não pertenço a nenhuma classe
Eu sou parte
Estou angustiada em não fazer nada. Em fazer pouco
Estou angustiada por ter falado muito e ouvido o não suficiente
 Estou com raiva da apatia.
E quero destrui-la
Se eu pudesse fazer um pedido,
Daqueles que fazemos quando somos crianças,
Pediria que existisse um só idioma
Para que eu pudesse conversar com todas as pessoas
E invadir as fronteiras, as ruas, as praças.
Escrever versos nas calçadas, enviar cartas para aos esquecidos.
Saber os nomes. Chamar todos por seus nomes, antes de dizer: “Bom dia”!

2 comentários:

  1. Que bom ler isso, que alma bonita, moça...
    de quando em quando, estarei por aqui,
    abraços,
    Carol
    http://cnavega.blogspot.com

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  2. Carol...agradecida! Feliz com sua visita e sem palavras para retribuir tal carinho!Sinta-se acolhida! Lindos dias para você!

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