terça-feira, 13 de novembro de 2012

Idiossincrasia

O sol desponta no crepúsculo
Não adianta fugir
Não adianta fingir.
Não adianta mentir
É ou não é e não há meio termo.
Esperava-te recíproco
E também idiossincrata
 Para que me reconhecesse na peleja desta terra
Não porque somos distintos dos demais
Não porque fazemos os mesmos rituais
Não porque lemos livros afins
Mas porque somos nós mesmos
Imensos nos desejos, fascinantes nos segredos
Queridos da vontade
Impetuosos nos medos
Cheios de átomos dançantes na pele
Cheios de curiosidades itinerantes nas veias
Mas ao contrário, você agiu como tantos outros.
Não que os outros são menores, piores, melhores
Mas, que graça tem os outros?
Que graça tem a normalidade?
Eles são apenas iguais e buscam a comodidade.
Pensava em mim e imaginava que eu me comportasse
No lugar comum onde há esperas sofridas
Onde se escondem sentimentos sinceros
No lugar onde o encanto é palavra extinta

Mas eu sou assim, idiossincrata
E me revelo nesta totalidade
Talvez má, nunca cruel ou  antipática.
Sou doce, sou flor, sou amor
Não há máscara, não há fingimentos, não há tormentos
Não hipocrisia
Isso é idiossincrasia
É uma cor nova criada
É a incompreensão da sociedade
É a aversão dos sem coragem
É o repudio dos religiosos
É a forma minha de vida
Que emerge sem muito pensar
Que age movida ao sentido
Que te sussurra no ouvido
Que parte de ti agora
 para nunca mais voltar.

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