quinta-feira, 2 de junho de 2011

Inacabado



...
Uma floresta suspensa.
As estrelas são flores que brilham a noite
Eu sinto o cheiro azul da brisa
Corro, percorrendo todo o campo de nuvens verdes
Canso-me  com a dança dos lobos
Que me parecem tão dóceis
Deixo um rastro de energia que faz as sementes germinarem
É inverno por aqui
Um tanto tudo nebulosidade
Mas a floresta me acalma
Eu converso com as árvores e seus galhos tocam minha face
Eu comungo as folhas e elas me alimentam vida
Eu toco uma música com notas musicais perdidas
E canto para acalmar minha própria existência.
Nada deve ser fardo
Até a dor há de ser leve
Disse-me um dente de leão
Um dente de leão dourado
Ele se desprendeu de seu eixo cômodo
E ganhou o universo
Uma vez essência,
Viu a Legião de auroras que escondia em sombras
E não mais se perdeu  
Apaixonara-se por sua própria razão de Ser...

3 comentários:

  1. Bela foto. Belo poema. E eu com Leslie Bethell discutindo América Latina.

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  2. Em cachoeira Paulista eu brincava assoprando esta flor e o mais interessante é que dizem que o que vai ao ar são sementes que farão nascer mais plantas como essa. A vida é semear e colher.
    Viver é maravilhoso ainda mais quando deixamos nos renovar seja através do conhecimento como do vivenciarmos os acontecimentos.

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  3. Que lindo, Aline. Você conseguiu tratar da solidão, da dor e da vida de maneira bem simplista, sendo profunda e com um tom delicado em suas palavras. "Eu comungo as folhas e elas me alimentam vida". Simplesmente estupendo.

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