segunda-feira, 13 de maio de 2013

Persistência



Apesar de buscar a coletividade, minha luta também é solitária. Perdi a voz momentaneamente. Deixei de tentar algo extremamente ousado por insistir em uma investida ainda mais perigosa. Durante todo o tempo há riscos de sofrimentos no trato com o ser humano.  Mas eu compreendo. Nem sempre estamos bem. Escreverei aqui, pois neste espaço sou livre. Sou familiarizada com lápis, canetas, tintas, folhas de todos os tipos e a escrita. Não produzo pensamentos eruditos porque essa palavra me irrita. Não considero a hierarquia dos que se sentem "intelectuais", e desconfio deles, se ficam na retórica de falas e escritos  para grupos seletos.
Eu gosto de gente sábia de viver, dos músicos, dos simples, dos sem esteriótipos e dos poetas. 

Vou sair de casa, conversar com estranhos, encontrar sorrisos e lágrimas. Projetar palavras e soluções para tais pessoas que nem imagino ter em mim. Vou deixar minhas angustias egoístas e parar de incomodar meus queridos com textos recheados de sentimentalidades. Sejam bem vindos os que puderem permanecer um pouco aqui, mas ninguém precisa ficar mais tempo do que aquele que produza um retorno reconfortante. E, se eu não puder gerar isso em você, deixarei também um dia de traçar meus desenhos em palavras e ideias em versos. Porque não faria sentido.


 Desenvolverei mais a doçura do que a fúria, mais a ternura do que a raiva, mais o desprendimento do que o egoísmo e mais a fortaleza do que a fragilidade. 


Aprendi que tudo o que temos é o agora e que nossa memória nem sempre nos é plena. Mas eu não quero esquecer. Então, vou deixar sinais para que eu volte e me lembre. Vou deixar sinais para que pessoas retornem. Vou deixar sinais porque, apesar de nem sempre conseguir produzir o bem que eu quero, eu não me convenço em abandonar a intenção. O abandono é muito fácil e muito óbvio.


O abandono é prático. E a praticidade nem sempre nos faz aprimorar o que somos. Voltei dialogar com meu violão.
 Vou persistir...





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