Uma marginal eu sou
Do que eu defendo, guerreira
Sou um tanto selvagem, sei
Mas, fermento a ternura corriqueira
Meus ideais colorem anseios
Na imensa teia tecida
Sou a alma no espelho
Das crianças, preferida
Uma marginal eu sou
Não sei o nome das novelas
Esqueço ofensas ditas
Quando uso minha aquarela
Não comento meus segredos
E não temo o verbo Amar
Converso com desconhecidos
Sou ser de saber escutar.
Marginal de um rio doce
Caminhar é verbo da vida
Milhares de livros sentidos
Nenhuma palavra perdida
Marginal de ritual tribal
De fogueira, canções e floresta
Dançar descalço a noite
Para mim, a melhor das festas.
Marginal de alma gêmea
Crença praticamente extinta
Amor, Essência, Luta,
Meu movimentar a Vida.
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